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BLOG TBRNR - Entrevista Fernanda Takai: quem vai subestimar essa mulherzinha?

Fernanda Takai tem algo em comum com muitos participantes do TBRNR: ela é formanda em Relações Públicas. Chegou a trabalhar na área até 96, quando participava de uma banda que você já deve saber o nome

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Embora pareça uma autêntica , Fernanda nasceu no Amapá e se mudou para Belo Horizonte ainda criança. Na época da faculdade participou de três bandas, sendo que a última, “Sustados por 1 Gesto”, ganhou mais projeção do que as outras após algumas mudanças, inclusive do nome: Pato Fu.

Aquela época não foi abençoada com redes virtuais, havia um custo bem superior para expor o trabalho, além de não ser tão eficiente. Uma estratégia bem humorada e criativa da foi enviar queijo com as demos para chamar a atenção para a banda mineira. Sim, um jabá que poderia não cheirar bem se o conteúdo das K7s deixassem a desejar.

Hoje, além de conduzir o Pato Fu, também leva paralelamente uma carreira solo, escreve um blog, assina crônicas nos jornais O Estado de Minas e Correio Braziliense e tem um livro publicado cujo título é “Nunca subestime uma mulherzinha”.

Não, ninguém vai subestimar nada dela não, pelo contrário, queremos saber quais foram os passos que seguiu e pegar uns macetes para fazer uma carreira artística deslanchar. É claro que queríamos ter recebido um queijo junto com a entrevista, mas não chegou nada em anexo aqui no e-mail.

TBRNR – Ter cursado Relações Públicas tornou algumas etapas mais fáceis na sua carreira artística? Acha que o conhecimento em Comunicação ajuda as bandas a se relacionarem com fãs e com gravadoras, produtores etc?

Takai- Não diria que ficou mais fácil… Quando o Pato Fu surgiu, eu também estava começando minha carreira profissional na área que durou até o terceiro lançamento da banda em 96. O que realmente ajuda sempre é disposição, paciência, boa vontade, insistência e uma dose de talento, claro. No início a gente é meio que pau pra toda obra, todo mundo ajuda em todas as áreas. Depois é que os papéis vão se definindo melhor, cada um vai encontrando as atividades em que mais se sai bem pra somar com o todo. Só com o tempo é que eu fui me tornando a principal interface com o público, jornalistas, gravadora, produção. Assumi os vocais principais aos poucos e acaba sendo natural o vocalista ficar mais por conta desse relacionamento. Diria que fui aprimorando as duas aptidões simultaneamente…

TBRNR – Na época da faculdade você participou de algumas bandas, quando não havia internet para que pudessem expor e divulgar o trabalho. Como faziam?

Takai – O trabalho era bem de formiguinha. Os eram xerocados, não tinha a facilidade do meio digital. As demos eram em fita k7! As coisas custavam mais a ter qualquer visibilidade. Pra colocar o material nas mãos das pessoas certas tinha que ter uma boa dose de sorte e cavar muitos contatos pessoais ou… virar algo que todos comentassem e quisessem ver ao vivo.

TBRNR – E quais recursos usaram para a projeção da banda?

Takai – O Pato Fu começou a frequentar o circuito de calouradas das faculdades, o que juntava um público considerável que multiplicava as informações no boca a boca. Depois fomos, na base da insistência, tentando abrir shows de artistas grandes que passassem por Belo Horizonte. Rádio sempre foi complicado, pouquissimos programadores ouviam as demos e tinham nenhuma vontade de arriscar algo novo na programação. Ainda bem que há exceções… e assim a banda começou a fazer algum barulho na cidade. Quando passou uma primeira matéria nossa no jornalismo da , nem dava pra assistir o canal aqui em Minas.

TBRNR – A estratégia de divulgação da primeira demo do Pato Fu foi um tanto curiosa (a história de mandar queijo junto da fita). Você acha que uma forma de divulgação não convencional ajuda as bandas ou o que faz diferença realmente é a qualidade da música?

Takai – Estratégias alternativas ajudam a chamar a atenção, mas se o que vem em seguida não tiver consistência, fica só nisso. As pessoas podem se lembrar do método de divulgação mas não do conteúdo… No nosso caso, foi algo barato que fazia referência ao nosso estado, obrigava as pessoas a abrirem logo nosso pacote e felizmente o som também provocava boas reações. Aliás, melhores do que a reação ao fedor do queijo…

TBRNR – Em linhas gerais, qual conselho você daria para uma banda que quer se tornar profissional?

Takai – Acho que esse tipo de conselho só funciona bem na parte técnica: cuidem bem de ter boas fotos, um release objetivo, gravem com qualidade o que tem pra mostrar (nem precisa ser muito, o que houver de melhor mesmo), se forem fazer show levem alguém que cuide do som (isso geralmente derruba muita gente e a impressão fica ruim meio que pra sempre). Na parte conceitual realmente não acho que artistas novos precisem de conselhos. Vejo muita gente perdida, tentando se encaixar no que alguém falou… No mínimo, pra uma banda aparecer como algo interessante é preciso ter um certo ímpeto de ser do jeito que é. Fazer a que se gosta e não a que está tocando mais hoje. Errar por alguns detalhes e acertar pelo frescor da ideia até um pouco ingênua que existe quando a gente está apaixonado por aquilo que faz… Então eu diria que tem que ser bem profissional na hora de mostrar isso pras pessoas, mas totalmente mente criativa aberta ao escrever as canções e arranjos. E também esperem até a hora de dedicar seu tempo todo à música. Jogar tudo pra cima e começar a contagem de um cronômetro pra dar certo só vai deixar todo mundo muito angustiado.

Para "Tech, Brands & Rock'n'Roll" www.tbrnr.com.br

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